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Porque aprender um novo idioma pode ser bom para você e seus filhos

Falar mais de uma língua oferece benefícios além da capacidade de conseguir e manter uma posição no mercado de trabalho ou de se virar melhor durante viagens, pedindo informações ou entendendo que o garçom está te perguntando se você quer soup or salad e não te oferecendo uma super salada. O cérebro de quem fala mais de uma língua opera de forma diferente do que o de quem só fala a língua materna.




Aprender um novo idioma pode sim ser um desafio, mas isso é porque você está treinando seu cérebro para fazer algo muito mais complexo do que a simples memorização de novas palavras e suas pronúncias: você está expandindo sua capacidade de pensamento, em mais de um sentido. Estudar e falar regularmente uma segunda (ou terceira, ou quarta) língua tem outras grandes vantagens:

Sua atenção melhora, e muito rapidamente

As conjugações verbais podem parecer um bom motivo para desistir, mas pesquisas mostram que, mesmo um curto período de aprendizagem de uma nova língua, é suficiente para aumentar a agilidade mental. Um estudo da Universidade de Edimburgo, que avaliou 33 estudantes entre 18 e 78 anos, que participaram de um curso de dialeto escocês, comprovou um aumento em vários aspectos do estado de alerta mental nos alunos – independentemente da idade – em comparação com outro grupo que fez um curso, que não era de línguas, e com outro que não fez curso nenhum.

A capacidade para multitarefas fica mais natural

Um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia descobriu que falantes bilíngues podem superar os monolíngues quando trabalham em múltiplos projetos simultaneamente. É mais natural para o cérebro bilíngüe editar rapidamente a informação que é irrelevante e aprimorar o que é importante. Os pesquisadores rastrearam a origem dessas habilidades aprimoradas para a forma como os bilíngües mentalmente manipulam ambas as línguas. A negociação interna que ocorre enquanto eles falam, atua como uma “ginástica mental”, treinando o cérebro para perceber e avaliar prioridades rapidamente.

A tomada de decisão se torna mais simples

Pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram que somos capazes de pensar de forma mais racional e com menos preconceito quando usamos uma língua estrangeira para avaliar as opções de uma decisão. Surpreendentemente, o enquadramento em linguagem estrangeira também reduz a aversão à perda. Eles atribuíram esses efeitos ao fato de que uma língua estrangeira permite uma maior distância emocional e cognitiva ao avaliar o que está em risco na decisão.

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Pode adiar a doença de Alzheimer

Segundo pesquisas publicadas pelas revistas Neurology e Neuropsychologia, o bilinguismo retarda a chegada dos sintomas de demência e da doença de Alzheimer em até cinco anos nos grupos de risco. A aprendizagem de um novo idioma melhora a reserva cognitiva, ou seja torna o cérebro mais resistente, dando-lhe a capacidade de funcionar apesar de estar sofrendo danos.

Seu cérebro fica maior – literalmente

Um estudo intitulado “Crescimento das áreas cerebrais relacionadas à linguagem após a aprendizagem de línguas estrangeiras” descobriu que aprender uma língua estrangeira introduz o cérebro a um novo conjunto de complexidades, incluindo regras e etimologia. À medida que o cérebro trabalha para reconhecer a estrutura da linguagem desconhecida e como utilizá-la totalmente, a espessura cortical – que geralmente está associada à inteligência superior – realmente cresce. Quanto mais você aprende, mais se desenvolvem as áreas cerebrais, o que também ajuda em outras habilidades, como a leitura, negociação e resolução de problemas.




É bom para seus filhos

Uma pesquisa recente descobriu que as crianças bilíngues têm memórias de trabalho mais fortes do que as que crescem com apenas um idioma. Os bebês de famílias bilíngues podem até mesmo distinguir línguas que nunca ouviram antes, porque seus cérebros já estão acostumados a reconhecer as diferenças linguísticas.

Abre novas maneiras de ver o mundo

Diferentes culturas veem o mundo de formas ligeiramente diferentes e a língua pode refletir isso através da gramática, da estrutura das orações e de terminologias únicas. Os japoneses têm um espectro de cores mais amplo do que muitos outros idiomas, no finlandês não existem artigos, preposições, gênero, tempo futuro, e no alemão é possível combinar vários vocábulos sem qualquer relação entre si para criar uma palavra nova, sem desperdiçar uma única sílaba. Falar e pensar em uma linguagem que segue uma lógica diferente da sua língua materna, pode ampliar significativamente seu horizonte. Como disse o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein: “Os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo”.

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Fonte: Goodnet, Live Science e Travel&Leisure 





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